Grande Lição de temor à Deus a Rússia dá para o Mundo e para Israel.
Rússia proíbe palavrões e desrespeito a Deus. Por que os EUA não fazem a mesma coisa?
Bryan
Fischer
Vladimir
Putin está nas manchetes de novo, desta vez por proibir linguagem suja na
Rússia. De acordo com a CNN, ele sancionou nesta semana uma nova lei que “proíbe
palavrões nas artes e nos eventos de cultura e entretenimento” na Rússia. Nas
palavras do Kremlin, a nova lei “proíbe o uso de linguagem obscena.” Embora
Putin esteja errado na Ucrânia, ele está certo sobre palavrões.
Quem
fizer uma filme com linguagem obscena na Rússia nem chegará a exibi-lo num
cinema. Livros, CDs e DVDs que contêm palavrões e desrespeito a Deus terão de
ser distribuídos num pacote lacrado com uma etiqueta com aviso
visível.
Os
infratores estão sujeitos a uma multa de 70 dólares, enquanto autoridades de
boca suja podem ser multadas em 140 dólares e negócios que são culpados podem
enfrentar multas de até 1.400 dólares.
A
nova lei, prevista para entrar em vigor em 1 de julho, ecoa a proibição contra a
blasfêmia que se encontra nos Dez Mandamentos (“Não tomarás em vão o nome do
Senhor teu Deus”) e fornecerá outro exemplo em que as políticas públicas da
Rússia estão muito mais de acordo com os padrões da Bíblia do que as leis
públicas da nação americana cristã.
Será
que uma lei semelhante poderia ser instituída nos Estados Unidos sem violar a
Primeira Emenda da Constituição? É claro que sim. A intenção dos fundadores dos
EUA ao estabelecer a plataforma de liberdade de expressão da Primeira Emenda foi
proteger o discurso político, não os palavrões, o desrespeito a Deus, a
vulgaridade, a obscenidade ou a pornografia.
Os
fundadores queriam muito garantir que a nova república dos EUA fosse
caracterizada por um saudável diálogo político em todos os assuntos de políticas
públicas. Todos teriam a liberdade de introduzir suas ideias e convicções no
debate público sem medo de serem censurados e silenciados por um governo central
draconiano.
Mas
os fundadores ficariam horrorizados só de pensar que alguém, em algum lugar, em
algum tempo pensaria que eles estavam criando um documento com a intenção de
permitir o uso ilimitado de palavrões numa sociedade boa. Se cada estado dos EUA
quiser proibir linguagem suja em público, sob a Constituição conforme está
escrita (não conforme está aleijada pelos tribunais), eles são perfeitamente
livres para fazer isso.
George
Washington era conhecido por proibir o uso de palavrões e desrespeito a Deus
entre seus soldados. Disse o primeiro comandante-em-chefe dos EUA e o pai dos
EUA: “A prática tola e maligna de palavrões e desrespeito a Deus é um vício tão
medíocre e baixo que toda pessoa de sensatez e caráter a detesta e
despreza.”
George Washington, primeiro presidente dos EUA, não permitia palavrões |
O
general está triste de ser informado que a prática tola e maligna de palavrões e
desrespeito a Deus, um vício até agora pouco conhecido no Exército Americano,
está se tornando moda. Ele espera que os oficiais militares, por seu exemplo e
influência, se esforçarão para repelir essa prática e que tanto eles quanto os
soldados meditem que nós temos pouca esperança de nosso exército receber as
bênçãos de Deus se O insultarmos com nosso desrespeito e tolices. Além
disso, é um vício tão medíocre e baixo que sem a menor sombra de dúvida toda
pessoa de sensatez e caráter a detesta e despreza. (O destaque é
meu.)
Na
época em que a Primeira Emenda entrou em vigor, havia leis contra palavrões e
blasfêmia em público em todos os primeiros estados americanos, ou por lei
escrita ou por lei não escrita. Os fundadores muito obviamente não viam nenhuma
contradição entre a Primeira Emenda e as leis contra os palavrões, pela simples
razão de que a Emenda era sobre proteger discurso político, não palavras
imundas.
O
estado de Massachusetts ainda hoje conserva uma lei — e você pode consultá-la em inglês aqui — que proíbe blasfêmia contra Deus,
Jesus Cristo, o Espírito Santo e a Bíblia.
A
lei diz:
Seção
36. Quem deliberadamente blasfemar contra o santo nome de Deus negando e de
forma desrespeitosa e com palavrões acusando Deus, sua criação, governo ou juízo
final do mundo, ou de forma desrespeitosa e com palavrões acusando Jesus Cristo
ou o Espírito Santo, ou de forma desrespeitosa e com palavrões acusando ou
expondo à zombaria e deboche a santa palavra de Deus contida nas santas
escrituras será punido por prisão por não mais que um ano ou por uma multa de
não mais que trezentos dólares, e pode também ser obrigado a bom
comportamento.
Para
dar outro exemplo, a lei do estado da Pensilvânia contra palavrões e desrespeito
a Deus foi elaborada por James Wilson, que foi um dos que assinaram a
Constituição e um dos primeiros juízes do Supremo Tribunal dos EUA.
E
em 1811, enquanto a tinta da Primeira Emenda mal estava seca, o Supremo Tribunal
de Nova Iorque sustentou a condenação de um homem que havia proclamado
publicamente que “Jesus Cristo era um bastardo, e sua mãe devia ser uma
prostituta.”
Tais
leis eram raramente aplicadas porque raramente eram necessárias. Mas existiam
porque havia ocasiões em que erupções públicas de palavras vulgares precisam ser
contidas para o bem público.
Há
realmente leis que proíbem palavrões, e os governos as aplicam sempre. Palavrões
são punidos em salas de aula das escolas públicas americanas, e o decoro não
permite palavrões em assembleias legislativas sem graves repercussões. Tente
xingar um policial e veja o que acontece.
Poucos
duvidariam que uma sociedade livre de palavrões seria melhor do que a sociedade
americana atual. Como apontou Tim Wildmon, presidente da Associação Americana da
Família, ninguém sai de um cinema dizendo: “Sabe de uma coisa? Esse filme teria
sido muito melhor se tivesse mais palavrões.”
A
intenção aqui não é defender alguma expressão específica desse princípio. A
intenção aqui é que se os EUA quiserem proibir os palavrões e o desrespeito a
Deus, eles podem fazer isso. No nome da liberdade de expressão, que a discussão
sobre esse assunto comece.
Traduzido
por Julio Severo do artigo do BarbWire: Russia Bans Profanity — Why Don’t We?
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