Politicos reconhecem e temem a FORÇA do cristianismo CONSERVADOR no Brasil que se FORTIFICOU contra o ABORTO, PEDOFILIA e IMORALIDADE SEXUAL
Eleição presidencial 2014 aos olhos da Teologia da Libertação
Julio Severo
“Na campanha presidencial de 2014, veremos reprisar o que tanto
afetou a de 2010: o fator religioso [onde o] debate em torno da questão do
aborto assumiu muito mais importância…” palavras de Frei Betto em seu artigo “Eleição 2014 e
Religião.”
Mas ele avisa: “O aborto e outros temas ligados aos direitos
reprodutivos e à sexualidade são apenas o biombo que encobre algo muito mais
ameaçador: o fundamentalismo religioso como força política.”
Na visão de Frei Betto, que é um dos principais líderes da Teologia
da Libertação no Brasil, questões como aborto e sexualidade (na verdade,
homossexualidade) escondem uma ameaça muito maior: grupos cristãos que ele
identifica como “fundamentalistas.”
Ariovaldo Ramos e Marina Silva têm basicamente as mesmas queixas. Eles se queixaram da “onda de
conservadorismo” que quase derrotou Dilma Rousseff na eleição presidencial de
2010. A onda conservadora foi a expressão de fortes sentimentos cristãos contra
o aborto e o homossexualismo. Em vez de se colocarem frontalmente contra o
histórico e posições patentemente abortistas e homossexualistas de Dilma e do
PT, Ariovaldo divulgou seu manifesto público, declarando: “manifestamos as
nossas rejeições diante da onda de conservadorismo que se abateu sobre o país
nesse processo eleitoral”. E Marina, em sua “Carta Aberta aos Candidatos à
Presidência da República Dilma e Serra”, criticou abertamente o que ela enxerga
como “esse conservadorismo renitente que coloniza a política e sacrifica
qualquer utopia em nome do pragmatismo sem limites”.
No início de 2012, Reinaldo Azevedo expôs comentário de um líder do
PT dizendo que a oposição ao socialismo no Brasil está liquidada. Esse líder
também disse que a única oposição hoje, sentida fortemente nas questões de
aborto e homossexualidade, são as posturas dos televangelistas neopentecostais.
A CNBB, que é a maior instituição da Igreja Católica no Brasil e responsável
pela fundação do PT, está nas mãos desse líder do PT, conforme informação que
recebi, restando agora como maior força opositora os televangelistas
neopentecostais. Desenvolvi mais profundamente essa questão no meu e-book “Teologia da Libertação X Teologia da
Prosperidade.”
A própria ONU reconhece que os pentecostais do Brasil são um grande
impedimento para a implantação das políticas imorais da ONU.
A “ameaça” neopentecostal na questão do aborto e homossexualidade é
indiscutível. O exemplo é Marco Feliciano, que sofreu oposição implacável das
esquerdas seculares e evangélicas por ocupar a presidência da Comissão de
Direitos Humanos (CDH) da Câmara dos Deputados. Esquerdistas como Betto
acham que esses espaços pertencem somente aos adeptos do aborto, homossexualismo
e Teologia da Libertação.
Claro que Betto nunca vai confessar que a Teologia da Libertação
esconde um ameaça muito maior: o fundamentalismo esquerdista. Comportamento
semelhante se vê em Ariovaldo Ramos e outros evangélicos progressistas, que não
admitem que a Teologia da Missão Integral (que é a versão protestante da
Teologia da Libertação) esconde uma ameaça maior.
Em seu artigo, Frei Betto comenta: “O fundamentalismo religioso
nasceu nos EUA, no início do século XX, com o objetivo de evitar a erosão, pelo
secularismo, das crenças fundamentais da tradição protestante, como a expiação
substitutiva realizada pela morte de Jesus e o seu iminente regresso para julgar
e governar o mundo, e a infalibilidade da Bíblia tomada em sua literalidade,
como a criação direta do mundo e da humanidade por Deus, em oposição ao
evolucionismo e ao darwinismo.”
O que não é ser radical e “fundamentalista”? É ter as posturas de Betto, que diz:
“Admito a descriminação do aborto em certos casos e sou plenamente a
favor da mais ampla discussão em torno do aborto”.
“A Igreja precisa prestar atenção ao legado de três grandes judeus
que fizeram história: Jesus, Marx e Freud”.
“Eu tenho certeza que um autêntico comunista é um cristão, embora não
o saiba, e um autêntico cristão é um comunista, embora não o
queira”.
“O governo brasileiro é amigo de Cuba, é um aliado. Acho que o Brasil
tem que ajudar Cuba e tem a obrigação moral e política de apoiar a Revolução
Cubana”.
Em seu artigo intitulado “Lutar pela Implantação do Socialismo Até o
Último Dia das Nossas Vidas”, Frei Betto declara ousadamente:
“Não podemos de maneira alguma ficar à espera que um novo iluminado
surja para fazer uma obra melhor do que a de Karl Marx. A obra do Marx é de suma
importância para nossa atuação revolucionária, como a obra do Gramsci, como a
obra do Che Guevara, como a obra de tantos outros companheiros que embora sejam
menos conhecidos, mas têm obras importantes e companheiros que hoje, me permitam
dizer, publicam ensaios de transcendental importância para a nossa
luta.”
Se você não pensar assim, você é rotulado de
“fundamentalista.”
Quando se fala em “fundamentalismo” hoje, a primeira imagem na mente
é terroristas islâmicos matando inocentes. Essa imagem é padrão na sociedade
atual. Mas quando surgiu o fundamentalismo original, nada havia em seus líderes
e membros que os ligasse a matanças e terrorismo. O termo só veio a adquirir
carga negativa com a difamação sistemática dos meios de comunicação pintando o
fundamentalismo evangélico como radical. Mais tarde, um jornalista esquerdista
teve a inspiração de atrelar o termo ao islamismo e a difamação se agravou.
Agora, o termo “fundamentalismo” está tão difamado que só vale a pena usá-lo
para os verdadeiros apoiadores de matanças: os ativistas
pró-aborto.
O próprio Frei Betto, ainda que demonstrando nojo do conservadorismo
evangélico do passado, reconhece que o fundamentalismo deles nada tinha a ver
com jihads, homens-bombas, atentados terroristas e matanças de inocentes. Ele
diz: “Em meados do século passado, os fundamentalistas cristãos se convenceram
de que não bastava pregar no interior dos templos e converter corações e mentes.
Era preciso impor à sociedade tudo isso que concorre para o ‘bem dela’, como a
criminalização do aborto e da homossexualidade, do uso do álcool e do fumo, do
entretenimento pornográfico…”
Em seguida, Betto ensina o público que se você é como esses pioneiros
evangélicos conservadores “fundamentalistas” dos EUA, você não tem direito de
“impor” seus valores à sociedade.
Em contraste, se você for adepto da Teologia da Libertação ou
Teologia da Missão Integral, você tem a obrigação de lutar para impor os
supremos valores socialistas à sociedade, pois para Frei Betto, Leonardo Boff,
Ariovaldo Ramos e outros, esses são os valores reais do Reino de Deus. Com base
nesses valores, Frei Betto acha justo estar com Fidel Castro para impor o
marxismo na sociedade, e Ariovaldo Ramos acha justo estar com Hugo Chavez com o mesmo
objetivo.
Se você apoia o aborto como direitos reprodutivos e a
homossexualidade como direitos sexuais, então você é da turma, e o rótulo
carinhoso que a mídia lhe dará é “lutador dos direitos humanos,” e todas as
elites darão espaços abertos para você falar e impor o que você
quiser.
Mas se você é contrário ao aborto e a outros derramamentos de sangue
inocente e se você quer a proteção das crianças contra as investidas da agenda
gay, então você não é da turma. A mídia tem só um rótulo para você:
“fundamentalista.” Você não tem nenhum direito de defender nos espaços públicos
seus valores.
Esse embate não é novo. Em 1925, os Estados Unidos testemunharam um
ponto decisivo na marcha socialista. Nesta data, houve o “Scopes Monkey Trials,” ou Julgamentos sobre a Teoria do Macaco
do Professor Scopes. De um lado, estava o advogado comunista sarcástico Clarence
Darrow, representando John Scopes, professor humanista que queria impor a teoria
da evolução para suas classes compostas em grande parte por crianças
protestantes. Em defesa dos alunos e seus pais, estava o advogado William
Jennings Bryan, que a mídia americana já simpática ao esquerdismo prontamente
tratou de apresentar desdenhosamente como representante do
“fundamentalismo.”
No final, os comunistas venceram, a teoria da evolução foi imposta e
esse caso serviu como precedente para se impor a “teoria do macaco” nas
crianças, até mesmo em crianças cristãs. “Fundamentalismo” se tornou sinônimo
naquela época de oposição protestante à luta pela implantação de ideias
progressistas (socialistas). E hoje não é diferente. Se Frei Betto quer “Lutar
pela Implantação do Socialismo Até o Último Dia das Nossas Vidas” e impor essa
ideologia na sociedade brasileira, ele sabe que primeiro precisa demonizar os
cristãos e seus termos que estão em confronto com sua agenda. A estratégia
esquerdista sempre segue esse padrão de demonização.
Sejamos inteligentes nesta hora. A esquerda emporcalhou tanto o termo
“fundamentalismo,” especialmente ligando-o agora ao radicalismo islâmico, que se
tornou irreconhecível e obsoleto para nós. Tornou-se, em essência, conforme a
imagem e semelhança deles. O mesmo fundamentalismo islâmico que quer impor seus
valores na sociedade está também presente nos esquerdistas. E, coincidência,
ambos têm um “currículo” fartamente sanguinário.
Embora a maioria da mídia e do governo esteja nas mãos do
fundamentalismo esquerdista, que muito respeita Frei Betto e seus comparsas, não
podemos nos desanimar achando que nossos esforços não têm esperança. Recordando
as palavras de Lutero, repetidas séculos depois por presidentes dos EUA: “Um com
Deus é maioria.”
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