Brasil vai sediar maior evento pró-Palestina do mundo
O Fórum Social Mundial Palestina Livre acontece em Porto Alegre, Brasil, de 28 de novembro a 1 de dezembro de 2012, à luz das tempestuosas mudanças que se tornaram conhecidas como “Primavera Árabe”, em que governos muçulmanos foram substituídos por governos islâmicos radicais, com horrendas consequências para os cristãos.
Julio Severo
Os organizadores do imenso fórum pró-Palestina agradeceram ao governo
brasileiro por acolherem o evento, e eles o veem como “um marco crucial e
extraordinário no processo de amplificação do apoio” à luta palestina pelo
exercício do que eles consideram como um “direito inalienável” dos palestinos:
“um Estado independente com Jerusalém como sua capital”.
Apoio de cristãos e judeus esquerdistas
O FSM Palestina Livre se gaba de que seu evento tem o apoio oficial
de “proeminentes figuras teológicas e do Conselho Mundial de
Igrejas”.
Leonardo Boff, o mais proeminente defensor da teologia da libertação
no Brasil, manifestou apoio ao FSM Palestina Livre afirmando: “É nosso dever
estar do lado dos palestinos”.
Nancy Cardoso, pastora metodista do CEBI (Centro Ecumênico da
Bíblia), do Rio Grande do Sul, disse: “Nós vemos o FSM Palestina Livre como um
espaço fundamental para dar voz aos nossos irmãos e irmãs
palestinos”.
Autoridades religiosas esquerdistas de Israel e outros países
confirmaram sua presença, inclusive o professor de teologia Marc Ellis, judeu
americano que é escritor e ativista da teologia da libertação.
Delegações de 36 países dos cinco continentes já se inscreveram para
o Fórum Social Mundial Palestina Livre, tornando este evento o maior encontro de
solidariedade à causa palestina. As delegações dos seguintes países já
confirmaram a sua presença: África do Sul, Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil,
Canadá, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, Escócia, Espanha, Estados Unidos,
Filipinas, França, Gana, Guiné, Índia, Inglaterra, Irã, Israel, Itália, Japão,
Jordânia, Líbano, Noruega, Palestina, Paquistão, Paraguai, República Democrática
do Congo, Senegal, Suazilândia, Togo, Tunísia, Uruguai e Venezuela.
Palestrantes radicais
Entre os palestrantes estão:
Ronnie Kasrils (nascido em 15 de novembro de 1938) é um político sul-africano. Ele
foi membro do Congresso Nacional Africano (CNA) bem como membro do Comitê
Central do Partido Comunista Sul-Africano. É um dos oradores mais eloquentes
contra Israel e a favor de um Estado palestino.
Angela Yvonne Davis (nascida em 26 de janeiro de 1944) é uma afro-americana e
proeminente líder do Partido Comunista dos EUA. Ela era diretora do departamento
de Estudos Feministas da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz. A
especialidade dela é o feminismo, estudos afro-americanos e marxismo. O fato de
ela ser membro do Partido Comunista levou Ronald Reagan a requisitar em 1969 que
ela fosse proibida de ensinar em qualquer universidade no Estado da Califórnia.
Ela era uma das suspeitas no sequestro e assassinato do Juiz Harold Haley em
1970. Ele é autora de nove livros, e tem dado aulas nos Estados Unidos, na
Europa, na África, na Ásia, na Austrália e na América do Sul.
Objetivos
Em seu evento no Brasil, o Fórum Social Mundial Palestina Livre tem
como alvo:
1) Defender o direito do povo palestino lutar contra
Israel.
2) Fortalecimento e expansão da participação na campanha global,
liderada pelos palestinos, de boicote, desinvestimento e sanções (BDS) contra
Israel. Essa campanha BDS, que abrange boicotes a Israel e empresas
internacionais, já foi adotada por grandes denominações protestantes americanas,
inclusive presbiteriana, luterana e anglicana.
3) Fazer do Fórum Social Mundial Palestina Livre uma plataforma para
a construção de estratégias BDS contra Israel, objetivando, primordialmente, o
boicote aos acordos de livre comércio entre Israel e outros países, ou grupo de
países, como União Europeia e Mercosul.
4) Reconhecimento e apoio à luta dos judeus progressistas em toda
parte, em especial aqueles que apoiam a criação de um Estado
palestino.
5) Apoio à resistência palestina contra Israel.
6) Lançamento de campanhas eficazes de informação pública para
incentivar os meios de comunicação a desmascarar e condenar Israel.
Localização estratégica
O Fórum Social Mundial Palestina Livre escolheu o Brasil para seu
megaevento por causa de sua importância politicamente estratégica. Dois anos
atrás, o ex-presidente Luiz Inácio “Lula” da Silva reconheceu oficialmente a
Palestina como um Estado nacional. Sua sucessora, Dilma Rousseff, tem
prosseguido a defesa da causa palestina iniciada por ele.
O fórum acontecerá em Porto Alegre, no Estado do Rio Grande do Sul,
onde o Partido dos Trabalhadores tem uma presença forte. A Igreja Evangélica de
Confissão Luterana no Brasil, com seus 700.000 membros, tem também uma presença
forte nesse estado.
Essa denominação luterana tem tido um papel crucial na defesa da
teologia da libertação e um ex-presidente, que é um proeminente líder no
Conselho Mundial de Igrejas, esteve implicado em esquemas soviéticos décadas
atrás, de acordo com uma denúncia na mídia dos EUA.
Entretanto, mais estratégica é a região. Porto Alegre fica perto da
Tríplice Fronteira (Brasil, Argentina e Paraguai), em que grupos terroristas
como al-Gama'a al-Islamiyya, Jihad Islâmica, Hezbolá e al-Qaeda extraem parte de
seu financiamento.
O POVO BRASILEIRO É FORMADO EM SUA MAIORIA POR DESCENDENTES JUDEUS. DEFENDEMOS A PAZ NO ORIENTE MÉDIO E AMAMOS ISRAEL.
O POVO BRASILEIRO NÃO VAI SER OPOSICIONISTA À ISRAEL PORQUE UM GRUPO OU TODA A PALESTINA ASSIM O DESEJA.
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